É. O mundo inteiro parou por causa de Irene. E quando digo que parou, é porque parou mesmo. Irene pra cá, Irene pra lá... Chegou aqui, saiu de lá. Irene parou o trânsito e fechou aeroportos, fez com que pessoas saíssem de casa e ficassem em estado de alerta. Chegou de fininho e mudou tudo sem pedir permissão. Irene foi a mais falada em todos os jornais e foi pronunciada por todos os idiomas. Falando assim, parece que acabamos de saber quem é a Miss Universo 2011. Mas não, não... Irene é mais um furacão com nome de mulher.
Simplesmente não dá pra entender porque a maioria dos furacões tem nomes femininos. Você já parou para pensar nisso? Dizem que um comitê internacional mantém uma lista de 126 nomes, metade masculina e metade feminina, que são repetidos em um ciclo de seis anos. Mas por coincidência, os furacões mais devastadores da história levam o nome de mulheres, como por exemplo: Katrina, Rita e Wilma, em 2005. O que será que eles querem dizer com isso? “Toda mulher é histérica e fica apenas esperando um deslize para levar sua casa, carro e ainda te deixar de cabelos em pé!” Ou o que a maioria deles responde quando queremos sair no final do campeonato de futebol: “o que acontece que essas mulheres estão sempre de TPM?”. A causa de tudo isso é bem simples: homem. São eles que nos fazem perder a paciência e passar de um a cinco na escala Fujita em apenas 10 segundos! “Hanrã querida. Hanrã. Agora sai da frente da televisão que eu preciso ver o segundo tempo do jogo.” Uma dúvida. Eles ouvem ou fingem que ouvem? Além de deixar a tampa levantada, esquecer o dia do aniversário de namoro e comprar aquele presente que ele diz que tem tudo a ver com você, mas que na realidade... E quem leva a fama? Nós, mulheres.
Ouvi falar uma vez que qualquer pessoa pode indicar um nome para um furacão no website do National Hurricane Center (centro nacional de furacões). Bom mesmo seria se nós, mulheres, nos reuníssemos para indicar o nome de um homem bem complicado! Aquele que termina com você na véspera do carnaval e ainda diz: “A culpa é toda minha. Eu não te mereço!” É.. Aposto que essa lista de 126 nomes triplicaria rapidamente e ficaria muito mais interessante. “O furacão Pedro atingiu a cidade de Nova York neste sábado com ventos fortes e chuva torrencial, o que levou a ameaça de enchentes na cidade”. Ou então, “Roberto acaba de chegar à costa dos Estados Unidos e já causou vários danos e mortes por onde passou”. Além do conforto e comodidade que teríamos ao saber detalhadamente dos passos dos “nossos tornados” pelo Painel Global de Monitoramento. Já imaginou que bom seria?
Crédito da foto: João Faustino